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CDHS impacta comunidades através da comunicação estratégica

Texto: Fastudo Chavana

Com objectivos claros, metas traçadas e intenções bem definidas – contribuir para a promoção e preservação dos direitos humanos, saúde e bem-estar das comunidades, gerar mudanças e transformar, o CDHS iniciou as suas actividades em Fevereiro de 2023. É uma instituição que valoriza a divulgação de datas comemorativas nacionais e internacionais ligadas à saúde e aos direitos humanos, valendo-se desses momentos como oportunidades de partilhar conhecimento sobre determinadas doenças, práticas de prevenção ou situações de violação de direitos.

Recorrendo à uma comunicação estratégica, consegue contornar a falta de financiamento, ainda que esta seja uma barreira que limita a continuidade de algumas iniciativas do centro. Contudo, a escassez de fundos é uma razão minúscula e insuficiente para travar o desejo dos responsáveis desta organização de criar mudanças significativas na sociedade. 

Ainda sem instalações próprias, o Centro de Estudos em Direitos Humanos, Saúde e Sociedade (CDHS) é uma organização não-governamental comprometida com a promoção de pesquisa, debates, reflexões e actividades sociais relacionadas aos direitos humanos e saúde, tanto em Moçambique como a nível global.

Este projecto é liderado pela Profa. Dra. Nair Teles, socióloga com Doutoramento e dois Mestrados em Sociologia pelas Universidades de Bordeaux II (França) e pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (Brasil).

Actuando na pesquisa, advocacia, formação e análise de políticas públicas, o CDHS investe e adapta uma comunicação estratégica para impactar e criar mudanças significativas na sociedade.

Coordenadora da organização, ao longo da sua trajectória, Teles actuou como professora associada no Departamento de Sociologia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Possui vasta experiência em liderança de pesquisas e projectos de intervenção social, com enfoque em direitos humanos, saúde sexual e reprodutiva, populações vulneráveis, violência de género, juventude e cidadania.

Além da carreira académica, a socióloga tem actuado como consultora e assessora técnica em diversos projectos com parceiros nacionais e internacionais, incluindo UNICEF, USAID, Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), entre outros. Foi durante essas experiências que desenvolveu competências que combinam rigor metodológico, sensibilidade cultural e capacidade de diálogo com comunidades, autoridades e organizações da sociedade civil. Por essa razão, a escuta activa, o compromisso ético e a valorização das pessoas sempre orientaram a sua forma de trabalho, garantindo liderança sólida e inclusiva nos projectos que conduz.

Sendo uma organização que acompanha a evolução dos tempos e explora as possibilidades que o mundo digital oferece para amplificar a divulgação do seu conteúdo, o CDHS utiliza redes sociais como LinkedIn, YouTube, Facebook, Instagram e WhatsApp para fazer  chegar a mensagem de forma acessível, clara e contínua às comunidades.

No que diz respeito às estratégias de comunicação adoptadas pela instituição, Dicson Chemane, Oficial de Comunicação e Marketing do CDHS, defende que o espaço virtual e as redes sociais têm sido um campo fértil para fomentar mudanças.

Ele explica que um dos pilares da organização é o podcast no YouTube denominado ”Saúde e Direitos Humanos em Diálogo”, onde todos os meses recebem um convidado para discutir temas relevantes no contexto moçambicano e global.

O podcast é realizado uma vez a cada mês, com especialistas, académicos ou estudantes que tenham domínio numa determinada temática para debate e reflexão. A plataforma Zoom Meeting é utilizada tanto para a gravação como para permitir a participação de pessoas localizadas noutras províncias ou mesmo na diáspora. Posto isto, o podcast é disponibilizado no YouTube, e cada episódio tem, em média, entre 30 e 40 minutos de duração.

Como forma de manter o público mais actualizado a organização encontra no “CDHS News” um veículo de disseminação de informação e transmissão de conhecimento. É nessa publicação semanal que “reunimos as principais manchetes relacionadas à saúde e aos direitos humanos, além de um espaço de reflexão que convida o público a pensar sobre atitudes e comportamentos do dia-a-dia”, explicou Chemane.

Hoje, segundo Nair Teles, nota-se uma mudança significativa: o interesse da população aumentou, a participação é mais activa e a adesão às mensagens tem sido cada vez mais constante e consciente.

“Esses sinais mostram que o nosso trabalho tem gerado impacto real. Continuamos comprometidos em ampliar esse alcance: queremos ajudar a abrir mais mentes e quebrar tabus que ainda persistem nas comunidades. O nosso objectivo é construir uma sociedade mais informada, empoderada e consciente dos seus direitos e da sua saúde”.

O responsável pela comunicação e marketing do CDHS reconhece que há muitos desafios, pois nem todas as comunidades têm acesso estável à internet, a dispositivos tecnológicos ou às competências digitais. Por isso, “estamos sempre a aprender, a ouvir e a ajustar as nossas abordagens, para garantir que a nossa comunicação seja inclusiva, clara e verdadeiramente alinhada com a realidade das pessoas que desejamos alcançar”.

O CDHS está sediado na cidade de Maputo e não conta com financiamento externo para a implementação das suas actividades. Por esta razão, todo o seu funcionamento depende exclusivamente de recursos internos disponibilizados pela Profa Nair Teles e da receita proveniente dos cursos de curta duração promovidos pela organização.

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