Home Destaque Comunicação em África: por que o COMARP Fórum em Moçambique merece estar no seu radar

Comunicação em África: por que o COMARP Fórum em Moçambique merece estar no seu radar

Por Cyrille Djami, consultor em comunicação estratégica e de influência, fundador da CommsOfAfrica

O continente africano está repleto de iniciativas dinâmicas no setor da comunicação, mas algumas ainda passam despercebidas. É o caso do COMARP Forum, realizado em Maputo desde 2023, que já se afirma como o ponto de encontro de referência para profissionais da comunicação, marketing e relações públicas em Moçambique.

O evento foi fundado por Edson Rufai, consultor reconhecido em comunicação e relações públicas, que continua a liderar a organização. Acompanhado por uma equipa rigorosa, proativa e bem estruturada, conseguiu construir uma plataforma credível, moderna e enraizada nas realidades locais, ao mesmo tempo que projeta uma ambição continental.

A próxima edição do fórum terá lugar no dia 11 de setembro de 2025, em Maputo. O programa abordará temas centrais como transformação digital, inteligência artificial, marketing sustentável, relações públicas na era do Big Data, entre muitos outros. Um conteúdo denso, pensado para conectar os desafios globais às realidades africanas.

Se nunca prestou atenção ao que está a acontecer no setor da comunicação em Moçambique, aqui estão cinco boas razões para começar agora.

1. Um ecossistema que se estrutura a grande velocidade

O COMARP Forum não surgiu do nada. Reflete um setor moçambicano em plena transformação, onde as profissões da comunicação ganham cada vez mais reconhecimento, especialização e visibilidade. Desde a sua primeira edição, o fórum atua como um catalisador: liga agências a anunciantes, instituições a talentos, estudantes a profissionais. Num país que durante muito tempo esteve à margem dos grandes debates africanos sobre comunicação, esta rede tem um papel estratégico.

2. Uma organização profissional, conduzida por especialistas locais

O que diferencia o COMARP Forum é a solidez da sua organização. Edson Rufai e a sua equipa não deixaram nada ao acaso: seleção rigorosa dos oradores, logística fluida, comunicação digital cuidada, parcerias estratégicas bem estruturadas. Cada edição é concebida como um projeto estratégico — e não apenas como um simples evento. Para quem está habituado a fóruns mal organizados ou demasiado autocentrados, a experiência em Maputo é francamente revigorante.

3. Uma verdadeira dinâmica regional, aberta ao diálogo interafricano

Moçambique, embora historicamente voltado para o mundo lusófono, demonstra hoje uma clara vontade de se integrar nas redes africanas da profissão. O COMARP Forum recebe oradores de toda a África Austral e colabora, nomeadamente, com a SADC Marketing Association. Está também a abrir-se progressivamente às zonas francófonas e anglófonas, podendo vir a ser um terreno fértil para construir as pontes que ainda faltam entre os nossos ecossistemas.

4. Conteúdo relevante, útil e com valor acrescentado

O programa do fórum vai muito além de painéis meramente expositivos. Oficinas práticas, partilhas de experiências concretas, sessões de formação, encontros interprofissionais, lançamento dos COMARP Awards de Moçambique… Tudo é pensado para que cada participante saia com algo: uma ideia, um contacto, uma solução, uma nova perspetiva. Nota-se a inspiração de formatos internacionais, mas com uma adaptação inteligente ao contexto local.

5. Uma nova geração de comunicadores a descobrir

Na edição de 2024, impressionou-me o nível e a paixão dos jovens profissionais presentes. Estrategas digitais, consultores independentes, responsáveis de comunicação de instituições públicas ou agências criativas: o seu profissionalismo e ambição refletem as dinâmicas em curso em todo o continente. São perfis que (ainda) não figuram nos rankings ou eventos continentais, mas que merecem toda a nossa atenção.

Maputo, o próximo ponto estratégico do continente?

O COMARP Forum criou as bases para um espaço de diálogo e profissionalização num país que poucos africanos francófonos ou anglófonos associam espontaneamente ao setor da comunicação. No entanto, é precisamente ali que se abrem conversas essenciais: sobre o papel da comunicação nas políticas públicas, o lugar das marcas na transformação social, ou o impacto da inteligência artificial nas profissões ligadas ao storytelling.

Sim, há boas razões para fazer um desvio por Maputo em setembro próximo.

E se parássemos de acreditar que tudo acontece sempre noutro lugar?

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